Trabalhamos, trabalhamos e trabalhamos. É
uma luta diária. Muitos têm o desejo de fazer algo diferente, de ter uma outra
profissão, uma atividade ou pode ser até um hobby mesmo, mas tem que ser algo que
se faz com prazer, algo em que você se envolva totalmente e traga satisfação
- uma entrega de corpo e alma.
Eu gosto de chamar esse tipo de atividade
como: o ato da criação. Porque é isso mesmo que fazemos quando nos entregamos ao ato de
escrever. Os cantores, compositores, pintores, escultores, enfim, os artistas
de um modo geral, também são criadores.
No ato de criar você se envolve com sua
alma e existem momentos em que você percebe que não é você quem está no comando, o
escriba é ela - a musa inspiradora. Nesse envolvimento sua emoção e seus
sentimentos também estão presentes. Você é capaz de se emocionar com seus
personagens, porque eles têm vida - você deu vida a eles, e eles são a sua
criação.
Isso é muito poderoso, nós nos sentimos
com um certo poder sobre quem somos e o que queremos, há uma certeza dentro de
si que faz com que você supere todos os obstáculos e barreiras para seguir em
frente, e não desistir. Muitas vezes, sem apoio nenhum.
Cada vez que uma nova frase surge, um novo
parágrafo é escrito, uma nova história se cria, você embarca nessa aventura,
se deixa levar pelo momento. É onde tudo acontece, onde tudo flui naturalmente.
A arte de escrever é sensível, simples e não obedece nenhuma força ou
imposição, ela acontece naturalmente, ela vem de dentro.
É quando a arte começa, é quando você
esquece de tudo que está a sua volta, e se entrega ao momento, porque você só quer criar e escrever,
cada vez mais. Descobrir a sua arte é descobrir a si mesmo, é como realizar um
sonho acalentado e escondido por anos. É o maior presente que podemos dar a nós mesmos.
Sandra Roncalli
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